Sobre os Livros:

O que a levou a idéia de anjos caídos?
Eu tenho escrito histórias de amor desde o começo. Para mim, quanto mais complicados os romances, mais interessante a narrativa, então eu sempre procuro novos obstáculos para colocar no caminho dos meus amantes. Quando eu estava me tornando mestre em ficção, eu estava estudando narrativas bíblicas e me deparei com uma frase em Genesis (6:1-4), que descreve um grupo de anjos que se apaixonaram por uma mulher mortal. Colocando essa referência junto a uma citação em Isaias e outra em Paulo 82, os estudos escolares concluíram que aqueles anjos foram banidos do céu por causa do seu desejo. O que significa – você pode dizer – que esses anjos escolheram amar ao invés do céu. Eu achei que isso seria bastante interessante para complicar o romance. Eu comecei a pensar sobre que tipo de garota poderia atrair a atenção de um anjo. E o que seria para ela se encontrar nessa posição. Que tipo de conhecimento o anjo poderia ter? O que seus pais superprotetores pensariam? Daí, esse completo mundo encheu minha mente com anjos caídos, demônios, reencarnação, e uma guerra entre o bem e o mal, todos brigando por um pouquinho de ação.
 

Em quem a personagem Luce é baseada? E qual personagem você mais gosta?
Os traços físicos de Luce (a pronuncia do nome é “Loose”) é baseada em uma antiga amiga, uma amiga próxima – os cabelos crespos escuros, olhos castanhos, dentes pequenos, etc. Quando eu comecei a descrevê-la, acrescentei algumas características dessa amiga, entretanto, ao longo da história, Luce criou uma identidade própria. Eu compartilho algumas características com ela, como a sua teimosia e o seu romantismo. Mas, se eu tiver de escolher um personagem de quem mais gosto (apesar de isso ser difícil de imaginar), eu poderia ser uma combinação maluca da Ariane e Penn.


Você se esforça muito para escrever sobre seus personagens?
Daniel foi meu maior desafio, principalmente porque toda a verdade sobre este personagem tem que ser revelada de forma lenta, de acordo com o ritmo em que a série de livros é trabalhada. A revelação no final do primeiro livro provavelmente era algo que os leitores já esperavam, afinal este é um livro sobre anjos caídos!! Mas há algo muito maior, uma grande revelação sobre Daniel vindo por ai. É um verdadeiro desafio para mim saber o que esta por vir e mostrar aos leitores este ponto de vista. Daniel é um personagem bem complicado! Mas gosto de pensar nele como um trabalho em progresso, uma história em desenvolvimento, e alguém que, acima de tudo, conhece Luce melhor do que ninguém – inclusive ela mesma -, e que tem a melhor das intenções.

O que aconteceu com Trevor? Quem é bom e quem é malvado? Por que esses anjos caíram? Por que você matou a Penn? Por que Daniel mostrou o dedo do meio para Luce? Haverá outro triângulo amoroso no próximo livro? Por que você terminou o livro com tantas perguntas sem respostas?
Essa é a parte boa e a ruim em escrever uma série. Eu gostaria de poder te dar todas essas respostas agora, mas por favor acredite em mim quando digo que precisei reter esses detalhes. Eu atormentarei você até “Torment” ser lançado neste outono. Enquanto isso, dá uma olhada nos arquivos da Sword & Cross no www.fallenbooks.com para conhecer um pouco mais sobre quem é quem em “Fallen”.

Por que você escolheu escrever em terceira pessoa, ao invés de primeira?
Eu amo falar sobre um ponto de vista e amo brincar com isso nos meus livros. No caso de “Fallen”, eu não escolhi intencionalmente um ponto de vista. A maioria das vezes quando começo uma nova história, eu sigo uma linha em minha mente antes de começar a escrever. No caso, foi a primeira sentença do capítulo 1 (mais ou menos). A escolha de dizer “Luce” ao invés de “Eu” estava implícita, nada que eu não estivesse ciente. Eu só comecei a escrever, mas eu senti que ela deveria ser contada em terceira pessoa, então eu resolvi manter isso. Nós estamos quase na mente de Luce, mas há um pequeno ponto de vista que nos separa. Ela se mantém um pouco incompreendida, o que é como eu quero que ela seja.

Quanto tempo foi preciso para escrever “Fallen”?
Eu resplandecia com o primeiro rascunho de “Fallen”, que foi feito em dois meses. Eu escrevi rápido e furiosamente e então, dava um tempo e depois retornava para outro mês ou dois de revisão profunda. Eu escrevo pelo Microsoft Word em um iBook velho cujo as letras do teclado estão desgastadas.

Você tem uma lista de músicas para “Fallen”?
Não oficialmente, mas eu escutei algumas músicas enquanto estava escrevendo:

Thirteen - Bigstar
 You Look So Young - the Jayhawks
 I Envy the Wind - Lucinda Williams
 The Book of Love - The Magnetic Fields
 Marvelous Things - Eisley
 One - Harry Nilsson
 Strangers - the Kinks
 A Thousand Kisses Deep - Leonard Cohen
 Beaches - Bridezilla
 I Know Goodbye - Jason Morphew

Eu amei aqueles que me mandaram sugestões de músicas, sinta-se livre para passar adiante.


E sobre seu outro livro, The betrayal of Natalie Hargove (A traição de Natalie Hargrove)?
Betrayal é meu primeiro livro e foi tão prazeroso de escrever como eu espero que seja para as pessoas lerem. É escuro, engraçado, uma estória gótica sobre o caminho de uma garota que tem o dom de ser uma Abelha-Rainha. É uma mistura de Segundas Intenções com Friday Night Lights(Luzes de Sexta-Feira) com MacBeth (contado pelo ponto de vista da Lady MacBeth) passada no sul contemporâneo. As pessoas que leram Fallen me perguntam se eu fui para uma escola no estilo Sword & Cross. Nem perto! Na verdade, é a escola de Betrayal que está veiculada com a versão da minha escola absurdamente enorme e insana do Texas. Tudo o que Natalie se importa em Betrayal é bem similar com meu coração de colegial. 

Como Fallen, Betrayal é rico em gótico sulista – Fallen se passa em Savannah e Betrayal, em Charleston, Carolina do Sul – então o mesmo tipo de cenas sulistas maravilhosamente opressivas são importantes nos dois livros. Mas onde Luce luta para encontrar seu lugar em uma escola nova e desconhecida, Natalie é uma garota no topo – e ela não deixa nada comprometer isso. Como qualquer personagem complexo, as duas têm alguns esqueletos bastante notáveis em seus closets. Natalie é um pouco mais intransigente que Luce, mas eu acho que as duas se dariam bem. Na verdade, o estilo de Nat é uma versão tipo-A de Arriane.

Sem planos (ainda) para escrever a sequência de Betrayal, mas nunca se sabe!


Sobre o que você escreve:

Você tem algum conselho para os aspirantes a escritores?

 
SOBRE LAUREN KATE:SOBRE LAUREN KATE:Eu tenho escrito história desde que estava na escola, então eu amo falar com pessoas que tem interesse em escrever. Uma pergunta que às vezes eu me faço e que é a melhor resposta para quando estamos “travadas” – e o melhor conselho que posso dar – é para olhar o cenário por um ângulo diferente e escrever por esse ponto. Digo, eu estou tentando escrever uma cena sobre duas pessoas tendo uma discussão final e não consigo imaginar como fazer isso interessante ou novo. Algumas vezes, quando eu demoro para pensar sobre isso, eu imagino como outra pessoa – meu marido, meu melhor amigo, alguém que eu recentemente tenha discutido – poderia ver o mesmo fim. O que eles notariam sobre que eu não vi, ou vice-versa. Escrevo todo um parágrafo sobre o fim em apenas uma sentença. Depois volto atrás e olho que grandiosa imagem você pode ter. Essa imagem reflete alguma coisa nova nos seus personagens? Guarde essa imagem, jogue fora o resto. Eventualmente, essa forte imagem irá pular primeiro na sua mente.

Para aqueles que estão trabalhando em um livro ou já terminaram um e estão mandando seu trabalho: mantenha-se assim! Eu não acho que você seja muito novo (ou muito velho) para começar a mandar seu trabalho. Além de “Fallen”, eu tenho outro livro que tenho trabalhado por oito anos e eu sei que algum dia eu vou terminá-lo! Eu mal posso contar quantas cartas de rejeição eu recebi ao longo dos anos: de agentes, publicadores, editores e jurados. O que me manteve escrevendo foi o apoio de outros amigos que escrevem – uma persistente determinação que algum dia eu teria algo publicado. Houve tempos que eu pensei que isso nunca aconteceria, mas agora eu estou tão agradecida por não desistir. Um programa Inglês ou de Escrita são ótimas maneiras de conhecer outros escritores e ler muito. Você pode adquiri muita prática escrevendo e revisando um programa acadêmico mas eu não diria que uma graduação é necessária. Se você está procurando por um agente, Mercados de Livros são ótimos para começar. Também há uma tonelada de blogs aí fora com sugestões de agentes. É algo mais sobre achar alguém que combine com seu gosto e sensibilidade.

Para aqueles que pediram, eu sinto não poder olhar seus trabalhos e dar um retorno. Eu adoraria ter tempo para fazer isso, mas eu comecei a trabalhar no meu próximo livro!!